PRINCIPIO DA UTILIDADE OU O PRINCIPIO DA MAIOR FELICIDADE é o único critério de moralidade pois o PRAZER E AUSÊNCIA DE DOR – (corresponde para os Utilitaristas felicidade) é a única coisa desejável como fim ou o objetivo último das ações humanas.



Mill prossegue com o problema clássico da filosofia moral. Que critério a utilizar para a distinção do bem e do mal?

As análises relativas á moral defendem que se tem intuição para o bem através do nosso interior mas de uma forma não racional. Em que se baseiam para explicar a origem desse sentimento que nos diz o que é o bem ou o mal? E cai-se no relativismo ou misticismo. Surge então Kant que tenta fugir disto tentando edificar objetivamente a sua moral em princípios a priori que acaba por construir uma moral abstrata desligada da felicidade e do interesse.



Stuart Mill tenta responder alicerçando uma moral intrínseca á vida baseada em princípios que não sejam transcendentes sem cair no relativismo e subjetividade criando a sua ética utilitarista e quer provar que as suas ideias não são calculistas.


Segundo Mill a moral é inerente da politica, do jurídico, da ciência, da ecologia, do social.

Dá vários exemplos que estão atualmente imperantes: contribuir para a poluição devastando espaços verdes em prol de alguns privilegiados. Explorar seres humanos e outros é imoral.


Para este filósofo fazer o bem é adicionar uma porção de felicidade.

As ações são boas quando ajudam a contribuir para a nossa felicidade e para a felicidade do maior número de pessoas. 


O Utilitarismo é um consequencialismo porque devemos escolher uma ação que tem as melhores consequências globais, por exemplo mentir pode ser necessário em ultimo caso para justificar-se em função das consequências. Dá importância aos resultados práticos das ações e não ao agente( pessoa) que a pratica. A moralidade de um ato não se julga pela intenção do individuo mas pelas consequências dessa mesma ação. 


Criticas ao utilitarismo

Um dos maiores problemas que Mill enfrenta é que surgem algumas consequências que entram em controvérsia com o nosso sentido moral. Como apenas as consequências contam para a moralidade da ação, será por exemplo que mentir é mesmo necessário para contribuir para a felicidade do maior numero de pessoas ? Por exemplo um individuo X salva alguém de afogamento mas com um propósito ter uma recompensa. Como no Utilitarismo o que interessa é ação ou a consequência (ter salvo alguém). É considerada uma ação moral independentemente se o agente (individuo X) o fez porque só queria a recompensa. Esta ação é considerada moral. Então no utilitarismo a moralidade é ponderada . 


Devido a certas criticas faz com que Stuart Mill tenha necessidade de distinguir a felicidade de satisfação. 
"Aprendi a procurar a felicidade limitando os desejos, em vez de tentar satisfazê-los." 

Stuart Mill utiliza uma frase celebre que ficou conhecida como: “É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito”.



A felicidade não pertence á satisfação.

Mill faz distinção entre os prazeres físicos e espirituais.
PRAZERES ESPIRITUAIS: 
ALIADOS Á INTELIGÊNCIA, AO CONHECIMENTO,E Á CONSCIÊNCIA. Estes são os mais preciosos e por isso originam maior felicidade.


Curiosidades:

John Stuart foi um filósofo e economista inglês. Pensador liberal e um defensor do utilitarismo. A sua teoria ética no inicio teve influências do seu padrinho Jeremy Bentham. 

Nasceu em Londres em 1806 e faleceu em 1873. Nesta altura a Inglaterra era uma sociedade muito conservadora e quando Mill escreveu “A Liberdade”, publicada em 1859, obra filosófica em que defendia a liberdade moral e económica dando relevância á soberania individual, acabando por provocar algum bulício .

A Inglaterra neste período (1837-1901) via a surgir movimentos defensores de liberdades pessoais e políticas. Surgem movimentos feministas, abolicionistas e cartistas. Vivia-se a Era Vitoriana que apesar de assistir a novas atividades, fossem económicas, sociais ou politicas não foi encarada como uma época subversiva. 



Escrito conforme o novo acordo ortográfico




Pinturas de Auguste François Biard relativa á abolição da escravatura