Matéria do 10º ano



Reflexão e meditação sobre os critérios valorativos. Conflito entre 

valores. 





O ser humano vê-se perante um quadro de múltiplas escolhas. Paz ou guerra ? Lucro 
ou honestidade? 



Somos confrontados diariamente com dúvidas e com conflitos interiores em que os 
valores são questionados. 






Existem casos que nos fazem refletir e surgem os conflitos de valores 

como: 



Matar em legitima defesa como matar em situação de guerra é aceitável? Roubar para 
matar a fome deve ser considerado crime? Mentir para poupar um amigo de um 
desgosto estará certo ? 



Tomar medidas de austeridade por parte de um determinado governo como acontece 
em Portugal sobrecarregando e asfixiando financeiramente indivíduos com poucos 
recursos económicos em prol do desenvolvimento do país ou da sua reestruturação 
estará moralmente certo? 



A poluição atmosférica é causada na maioria das vezes pelo setor industrial. Sabemos 
que este é necessário para o desenvolvimento económico de um país e devido a este 
fator muitas vezes se negligencia a forma como certos detritos são evacuados criando 
situações de doenças para o ser humano e para o meio ambiente, acarretando 
situações como poluição das águas, dos rios, dos mares etc.criando um desiquilibrio 
ecológico. Verificamos continuadamente que se dá prioridade ao lucro á riqueza em 
detrimento da saúde do nosso planeta 



Mais uma vez surgem valores em conflito: O lucro e riqueza? Ou o bem estar do ser 
humano? Ou a saúde do nosso planeta ? Estamos perante um problema ecológico, 
moral, e económico. 

Atualmente já se está a contribuir para estes desiquilibrios encontrando-se soluções. A 

responsabilidade ambiental não depende apenas dos empresários mas também de 
cada cidadão. 











Outro caso que quero expôr e que nos mostra como o Homem vê-se perante situações 
de extremo onde as suas escolhas são determinantes e com consequências 
avassaladoras para a humanidade. Históricamente temos casos perturbadores onde a 
conflitualidade dos valores são visíveis e testados a todo o momento. 



No fim da 2ª GG. Mundial (1945) Os Estados Unidos da América bombardearam 
Hiroshima e seguidamente Nagasaki com engenhos nucleares. A decisão de lançar as 
bombas sobre o Japão foi feita pelo Presidente Harry Truman, que estava a substituir o 
falecido Franklin Delano Roosevelt. Esta escolha foi tomada porque o presidente H.T 
queria terminar com a guerra o mais rápido possível e o Japão não se queria render. 



A segunda decisão foi as escolhas dos alvos, Hiroshima e Nagasaki que segundo 
reza a história eram as cidades do Japão mais desenvolvidas industrialmente. Não foi 
uma escolha aleatória. Nesta opção estavam interesses políticos e económicos 
imiscuídos. Com o fim da 2ª GG estas cidades tinham grande relevância para o Japão 
que viria a ser a única potência a fazer frente aos E.U.A desequilibrando o fluxo de 
capitais e mercadorias. 



Conclusão: Esta decisão provocou milhares de mortes e civis (inocentes). Muitas 
destas pessoas foram morrendo lentamente com doenças relacionadas com a 
radioatividade. 




Neste pequeno texto temos duas decisões tomadas: A primeira é acabar com a guerra 

através de um ato desumano. Mas se não fosse assim como seria? Haveria mais 
mortes ? A guerra prolongar-se-ia ? 





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Esta decisão foi cimentada ou elaborada pelo governo dos Estados Unidos porque 
estava preocupado com o sofrimento das pessoas ? e queria pôr fim à guerra ? Ou por 
detrás desta decisão há interesses políticos e económicos ? 



Na segunda decisão pode se verificar que a escolha dos alvos foi premeditada. 





Há uma conflitualidade dos valores. 





A primeira conclusão leva-nos a refletir que: 





Há um Conflitualidade de valores ? 



O poder económico (valor material – dinheiro ) sobrepõe-se aos valores Éticos (valores 
espirituais-lealdade; vida; justiça; verdade etc) ? 





A segunda reflexão leva-nos a questionar: 



Foi a solução certa ? Foi necessário um ato violento, bárbaro, de destruição, matando 
milhares de pessoas porque se não fosse esta decisão tomada prever-se-ia mais mortes do 
que as que houve ? 



Guerra para obter a paz ? 



Como podemos verificar toda a nossa vida é rodeada de valores e que oscilam 
permanentemente conforme as situações ou contextos históricos, políticos etc em que estão 
inseridos. Já vimos que não é uma tarefa fácil. 



Nesta ação podemos ver que o poder económico/financeiro(valor material) tem maior 
relevância que qualquer outro valor. 





A morte de muitos civis é afastada para segundo plano e relativizada, 
Quanto á Segunda decisão tomada a informação que nos chega é que os alvos não 
foram escolhidos ao acaso. 







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CRP de Kant (matéria do 10º ano)
"A autonomia da vontade é o principio único de todas as leis morais e dos deveres que lhe são conformes" 


O dever e a lei moralmente boa é a que emerge de dentro do nosso ser , com uma intenção pura. Fazer algo sem qualquer tipo de interesse ou de retorno (económico, social, prestigio etc.); fazê-lo por dever, com vontade Autônoma (vontade interior e não através de leis ou regras externas - que provêm da sociedade).

Vontade autonoma - quando o Homem coloca a sua ação da sua vontade como universal. Ou seja o seu feito ( a sua intenção ou vontade interior)ou o seu ato moral serve para os outros e para ele mesmo também.

Estamos a falar nas leis morais que brotam de nós e não nas leis legais, daí a diferença de Moralidade e Legalidade. A moralidade é vista pela disposição interior do valor e na intenção que preside a ação.
A legalidade é quando o sujeito age em conformidade com o dever (um comerciante qualquer baixa os preços dos seus produtos por interesse próprio ou devido á concorrência e não porque gosta dos seus clientes-age por conformidade com o dever e não por dever).









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A Morte e a Vida

Quando tu respiras, falas, corres e tudo mais que conseguires fazer, Ela acompanha-te.

Perg: Quem é Ela?

Resp: Ela pertence ao mesmo âmbito das perguntas:
Que faço aqui neste mundo? De onde vim? Para onde vou? Porque vim? Ela está em todas estas perguntas e respostas.

Perg: Quem é Ela? Porque me acompanha?

Resp: Ela é a morte. E sempre te acompanha, é intrínseca a ti e a todos.

Perg: Quem a criou?

Resp: Alguém. O mesmo que nos criou.

Perg: Porque nos acompanha?

Resp : Ela a morte? Ou a vida? Ou as duas?

Resp: . As duas caminham de mãos dadas, nunca se separam.

Perg: Quem criou a vida? E quem criou a morte?

Resp : Não as separes. A vida e a morte é uma só.

Perg: Porque a vida nos deixa? E a morte nos leva?

Resp: Porque nenhuma nos deixa nem nenhuma nos leva. São as duas uma só.

Perg: Como sabes?

Resp: Não sei, tento entender. A vida é tão fugidia e passa num segundo, no nosso entendimento de tempo. A morte como nós a entendemos, acontece, é certa mas já não há tempo em vida para saber nem tempo para contar, quantos segundos, minutos ou horas a morte tem ou se após esta ela dura uma eternidade porque a vida já se foi.
Ou após a morte surge novamente a vida e a morte? Não te esqueças elas são uma só.

Júlia Barbosa
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