Filosofia 11º ano
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA E AS SUAS ETAPAS
Karl Popper
(28.07.1902 Viena/17.09.1994 LONDRES
Criador do racionalismo critico. Defende que o
progresso cientifico deve ser percebido através de falsificação de hipóteses ou
seja para se distinguir o cientifico do não cientifico não deve passar por uma colheita de confirmações mas sim optar-se pela falsificação. A teoria
cientifica fica mais forte ou mais válida enquanto for suportando a tentativa
de a falsificar empiricamente e tornar-se-á cada vez mais forte quanto mais resistir.
Vamos a um exemplo muito
conhecido “Todos os cisnes são brancos”
- Este enunciado é científico porque é falsificável ou adulterável. Porquê ?
Porque basta encontrar um único cisne preto.
A ATITUDE DO CIENTISTA DEVE SER A
DE PROCURAR CISNES DE OUTRA COR (para
falsificar) E NÃO DE CONTINUAR A PROCURAR
CISNES (confirmar) DA MESMA COR.
SE ENCONTRAR CISNES DE OUTRA COR A TEORIA OU O ENUNCIADO NÃO AGUENTOU A
FALSIFICAÇÃO E TERÁ QUE REFORMULAR OU FAZER NOVAMENTE UM NOVO ENUNCIADO.
Só assim é que há evolução
cientifica, segundo K.Popper.
Este nosso filósofo acredita que
o conhecimento vulgar é necessário como um ponto de partida embora seja incerto
mas para se prosperar para outro tipo de
conhecimento, mais examinado , de tal forma que possa ser
criticado(racionalismo critico) é inevitável começar pelo senso comum.
Gaston Bachelard (1884-1962) pensa
que este ponto de partida (senso comum) é um obstáculo epistemológico ou seja
um impedimento para criar ou produzir conhecimento cientifico, portanto é
essencial romper definitivamente com o senso comum , não fazendo sentido algum
criticá-lo ou corrigi-lo mas sim eliminá-lo decididamente.
O conhecimento vulgar difere do conhecimento cientifico em várias
vertentes:
Enquanto o C.Vulgar assenta numa postura passiva ou indiferente o
C.Cientifico resulta de uma atitude ativa (investiga);
Caracteristicas do C.Vulgar: postura passiva; é sensitivo ou sensível;
confia nos sentidos; emerge duma atitude dogmática; é prático; é subjetivo; é
metódico e assistemático.
Caracteristicas do Cientifico: postura ativa; é
racional; desconfia dos sentidos (exemplo quando observámos do planeta terra o
sol ele parece-nos pequeno, mas sabemos que não é. Portanto a ciência não pode
acreditar nos nossos sentidos); tem uma
atitude crítica (a ciência tem que ter uma posição de análise e de constatação
através da experiencia ou dos seus instrumentos); é explicativo; é objetivo; é
metódico e sistemático ( qualquer teoria tem que ser aprofundada, examinada,
observável com todo rigor).
No inicio a filosofia não se distinguia da ciência. A
ciência antiga encontrava-se no seu
estado teórico porque os filósofos pré-socráticos e posteriormente a estes eram
também cientistas e inventavam ou criavam discursos ou teorias explicativas
teóricas sobre a natureza e inferiam conclusões a partir de princípios,
premissas e definições ou descrições.
A ciência moderna rompe no secXVI e XVII com Galileu e Isaac
Newton. É nesta altura que a
ciência se separa da filosofia tornando-se independente e autónoma desta. Há
por parte da ciência uma urgência de enunciar ou formular linguagens rigorosas
e adequadas o mais possível através da
linguagem matemática.
Quando pensamos em física clássica, pensamos na ciência
moderna porque uma está relacionado com a outra. ( o mundo é
compreendido como uma grande máquina em
que as relações de causalidade
predominam e são expostas em leis. Estas por sua vez dão-se concluídas,
depois de determinados factos terem sido repetidos variadíssimas vezes e que exprimem invariância ou seja
verifica-se uma imutabilidade OU ESTABILIDADE.
Estas leis têm que ser esclarecidas matematicamente relativamente
ás relações estáveis que acontecem entre fenómenos ou factos experimentados ou examinados por realização experimental e anunciar
a possibilidade de novos
fenómenos ou factos).
Neste patamar que a ciência se
encontra predomina a VERIFICAÇÃO
EXPERIMENTAL, A MATEMATIZAÇÃO, A IDEIA DE ORDEM, A LEI CIENTIFICA, E O
DETERMINISMO.
A CIENCIA PÓS-MODERNA está ligada
ao nascimento da TEORIA DA RELATIVIDADE DE EINSTEIN E AOS
AVANÇOS DA FISICA QUÂNTICA, aos trabalhos de Heisenberg e Bohr.
Albert Einstein ( 1879-1955) –
físico teórico alemão, radicado nos Estados Unidos, desenvolveu a teoria da
relatividade geral, um dos dois alicerces da física moderna.
Werner Karl Heisenberg (
1901-1976) – físico teórico alemão. Criação da mecânica quântica entre outra
descobertas. Recebeu Prémio Nobel de Fisica devido ao descobrimento da mecânica quântica.
Niels Bohr – (1885-1962)
físico dinamarquês, os seus trabalhos ajudaram para o conhecimento entendimento da
estrutura atómica e da física quântica.
A CIENCIA PÓS –
MODERNA ESTÁ ASSINALADA PELAS CONCEÇÕES DE RELATIVIDADE, INCERTEZA, INDETERMINISMO
E PROBABILIDADE.
A evolução da ciência passou por diversas características: objetividade,
método, parte de hipóteses, formula teorias e leis, preditivo, revisivel,
provisório.
Da Ciencia antiga até
á pós- moderna.
Estudar :
A corrente
epistemológica positivista; neopositivista; positivismo lógico
A objetividade segundo
o positivismo e o neopositivismo
O Conhecimento
objetivo da ciência segundo Karl Popper e de Thomas S.Kuhn
Fatores que intervêm
na atividade cientifica
Atualmente no meio cientifico DECORREM constantemente INVESTIGAÇÕES sobre novas conjeturas, com o auxilio de teorias já descobertas pelos físicos da CIENCIA-PÓS-MODERNA, que
foram e continuam a ser fundamentais para o progresso e
desenvolvimento da ciência.
Mas como o mundo não pára talvez já possamos mencionar ou dizer “ a Fisica para além de Einstein”,
sem ofender é claro nenhum cientista, pensador ou filosofo desde a Antiguidade
até aos dias de hoje. TUDO E TODOS FORAM
E SÃO NECESSÁRIOS PARA A EVOLUÇÃO DO NOSSO
UNIVERSO.
E na minha simples opinião até o senso comum, os mitos antigos, lendas ou
alegorias sejam religiosas ou filosóficas auxiliaram nesta ascensão brutal em que a ciência se encontra hoje em dia.
Mas também convém salientar que a objetividade na ciência não é mais uma característica imutável ou
absoluta mas sim uma aquisição de descobertas ou de um resultado dubitativo que se foi ou se vai
adquirindo aos poucos através de uma intersubjetividade que provoca polémica e debates entre os
cientistas integrados num determinado
grupo.
Júlia Barbosa