Nós e o mundo exterior em filosofia 

Ao ver este vídeo ciêntifico” Existem Mais Que 3 Dimensões” ?

Ou seja a nossa percepção em relação ao que nos cerca é legitima ou verdadeira ? 


Em filosofia também estudamos várias teorias de como percecionamos o mundo em que vivemos (três dimensões) : 
O Realismo de senso comum; O realismo representativo; Idealismo; Fenomenismo e Realismo causal.


A nossa percepção relativamente ao mundo que nos rodeia começa pelos nossos cinco sentidos: audição, visão, tacto, olfacto e gosto. 

Se pedirmos a qualquer pessoa para nos definir uma imagem qualquer ou um objecto, ela o faz imediatamente através de um dos nossos sentidos: a visão 

O Realismo de senso comum é aquele que vulgarmente é assumido pela maioria dos indivíduos que não estudaram filosofia. Admitem a existência de tudo que nos cerca: casa, carros, árvores, jardins etc., tal e qual como a percepcionam.

Não sentem necessidade de questionarem sobre se essa é a única realidade existente ou se essa mesma realidade existe ou se não passa de uma ilusão. Estas questões fazem parte de filosofia , conhecida pelo teoria do conhecimento ou epistemologia. 

Temos o exemplo de Descartes no capitulo da Estrutura do ato de conhecer ( matéria do 11º ano) em que durante a sua investigação sobre o ato de conhecer, segue um método (segundo ele) rigoroso e induzido na matemática para atingir a verdade acerca de tudo que nos rodeia ou nos é exterior.

Um dos argumentos que utiliza sobre a veracidade ou não daquilo que percecionamos foi o Sonho da Vigília porque a maioria das pessoas não consegue discernir um do outro. Os sonhos são tão reais como quando estamos acordados. 

O quotidiano das pessoas é tão atribulado que não há tempo para meditar sobre estas coisas. 

Portanto deixemos essa tarefa para os filósofos e os ciêntistas.

Mas são precisamente estes acontecimentos triviais que abrem caminho para muitas descobertas cientificas. 


Como se descobriu a teoria da gravidade? Com a persistência do filósofo e cientista Isaac Newton em investigar até á exaustão sobre o declive de uma maçã quando esta cai de uma árvore. 

São factos como este, corriqueiros que não despertam curiosidade para a maior parte das pessoas. 
A filosofia faz perguntas que em principio parecem muito elementares ou sem interesse mas são questões importantíssimas e relevantes para o desenvolvimento intelectual , social, Ético, politico e para o progresso cientifico.

O desenvolvimento cientifico dá-se também em parte porque a filosofia desde a antiguidade que impulsionou a ciência através das suas questões e curiosidades sobre o Mundo, o Universo, o Homem, a Vida etc, embora a ciência explique a realidade utilizando uma metodologia própria . 

Voltando um pouco atrás aquando nos referíamos ao realismo do senso comum.

Temos ainda quatro teorias da percepção: realismo representativo; fenomenismo; o idealismo e o realismo causal.

Para já vamos falar no ceticismo que contrapõe o realismo comum.

O ceticismo defende a hipótese que nunca podemos ter a certeza de nada. Os argumentos desta corrente afirma que há sempre motivos para se duvidar das nossas crenças ou perceções em relação ao mundo externo. 

O ceticismo apresenta uma posição gnosiológica acerca da legitimidade e do alcance do nosso conhecimento ou seja duvida que possamos conhecer ou construir um conhecimento verdadeiro.

O realismo representativo sugere que toda a apreensão é o resultado da consciência de representações interna do mundo exterior: 
Quando vejo um carro não o visualizo diretamente como defende o realismo de senso comum mas que tenho na consciência uma representação mental do carro ou uma imagem interna do carro. Não tenho uma experiência direta e visual do carro mas tenho uma experiência de representação do carro originada pelos meus sentidos.


Idealismo – defende que toda a nossa experiência é constituída por representações mentais e não pelo mundo e que não existe legitimidade para afirmar que o mundo exterior existe realmente ou que o mundo é incognoscível. 

Fenomenismo – sustenta como o idealismo que só temos acesso direto á experiência sensorial e não ao mundo exterior. Um fenomenista é como alguém fechado no seu próprio quarto a ver filmes e acredita que tudo que aparece na televisão pode ser descrito na linguagem da experiência sensorial sem alguma referência a objetos físicos.

Realismo causal – As causas da nossa experiência sensorial são os objetos físicos existentes no mundo exterior. É através dos nossos sentidos que obtemos crenças sobre o nosso meio. 

Exemplo: quando vejo um carro, o que acontece é que os raios de luz refletidos no carro causam determinados efeitos na nossa retina e no cérebro que nos faz receber certas crenças sobre o que estamos a observar. A experiência de recebermos essas crenças é a experiência que nos faz ver o carro.

Todas estas teorias filosóficas acerca da nossa relação com o mundo exterior foram criticadas.