Matéria do 10º ano




1.
Uma breve sinopse de:


Kant e a sua teoria deontológica : a ética racional de Kant comparando com a teoria consequencialista do filósofo Stuart Mill e a sua ética utilitarista. 

Deontologia designa a teoria moral do dever. Ou então reporta-se ao conjunto de deveres de um grupo profissional. Todos nós já ouvimos falar da deontologia dos médicos desde psicólogos, psiquiatras, psicoterapeutas, médicos de família etc como também noutras profissões. 

A ética defendida por Kant é um dos modelos mais representativos de uma teoria deontológica.

Segundo Kant se um individuo precisa de ajuda e tu o auxilias porque é o teu dever estás a praticar uma ação correta mas se o ajudares porque sentes pena dele para Kant isso não significa uma ação moral. Para Kant a moralidade não tem apenas a ver com aquilo que se faz mas com o por que se faz.

Aquelas pessoas que fazem o que é correto não o fazem apenas por causa do que sentem ou seja a decisão tomada tem que ser baseada na razão. Esta ( a razão )é aquela que nos diz qual é o nosso dever independentemente dos nossos sentimentos. Kant defendia que as nossas emoções não deviam fazer parte da moralidade mas resultarem apenas do cumprimento do dever.





2.
Comparemos a teoria deontológica de Kant com a teoria consequencialista e a sua ética utilitarista do filósofo Stuart Mill. 




O Utilitarismo concebe a felicidade do maior número como fim da moralidade ou seja apoia as ações justas desde que se proponham a promover a felicidade e injustas quando não originam a mesma. 
O Utilitarismo inspirou muitos movimentos reformistas durante o século XX, que moldaram a estrutura econômica, social e politica das sociedades democráticas ocidentais.

Mill defendia que qualquer individuo deve ser livre de viver como quer desde que não prejudique o seu semelhante. Para uma Inglaterra Vitoriana esta era uma ideia “revolucionária”, pois nesta época as pessoas pressupunham que o razoável seria as pessoas viverem dentro de determinadas regras morais e Mill pensava que os indivíduos seriam mais felizes ou haveria maior felicidade se tivessem mais liberdade sobre o seus próprios comportamentos e responsabilizarem-se pelos suas escolhas. 
O nosso filósofo detestava a “tirania da maioria” ou seja a forma como os cidadãos estavam sujeitos a determinadas pressões sociais tornando-os em algo que não eram, violando a sua própria identidade.

Então isto repercute-se na forma como as pessoas devem ou não agir e até que ponto as suas ações são identificadas como uma ação boa. 

Segundo o principio moral em que se baseia o Utilitarismo defendido por Stuart Mill uma ação é boa quando promove a felicidade, esta a única coisa desejável como fim, que é por isso, boa em si mesma, (como já foi mencionado no texto ).




3.
Mill acreditava numa liberdade individual e esta criaria mais felicidade do que a originada pela restrição dessa liberdade e que era necessário as pessoas terem autonomia para se desenvolverem. Defendia o livre arbítrio dos indivíduos desde que não comprometesse a vida do próximo.

Liberdade de expressão também era defendido por Mill pois uma discussão aberta só trazia benefícios e abria novos horizontes para a sociedade desde que não se recorresse á violência. 
Mill aplicava o seu pensamento utilitarista em todos os aspetos da vida.

Stuart Mill teve influência de Jeremy Bentham, amigo de seu pai que residia na região rural do Surrey e este defendia que qualquer ação correta é sempre aquela que produz maior felicidade, o que levou Mill a introduzir na sua filosofia a distinção entre prazeres superiores dos inferirores para afastar determinadas criticas relativamente á sua defesa sobre uma ação boa ou moral ( aquela que traz maior felicidade ao maior nº de pessoas) e esclareceu diferentes qualidades de felicidade e quantidades.

Conclusão o utilitarismo é um consequencialismo porque propõe a utilidade ou as consequências da ação como moralidade ou seja o Principio da Utilidade visa “ o prazer e a ausência de dor” isto é para os Utilitaristas felicidade. 

Então uma ação é boa quando contribui para o maior número de pessoas, daí temos obrigação moral de agir de forma a produzir os melhores benefícios para o maior número. 





4.
Depois desta breve sintese sobre as duas teorias podemos verificar que enquanto Kant defende que o valor das ações dependem do cumprimento do dever como fim em si mesmo ou seja quando o único motivo de ação é o dever, não tem apenas a ver com aquilo que se faz mas com o por que se faz, valorizando os princípios morais, não fazendo depender a moralidade de circunstâncias particulares, valorizando a pessoa obstando à sua instrumentalização. 

Enquanto que com Stuart Mill o valor das ações depende das suas consequências ou seja baseia-se no Principio da Maior Felicidade ou a Utilidade ou isto é uma ação boa é a que traz mais felicidade global .

Simplificando o Utilitarismo recai sobre a ação bem como as suas consequências e não sobre o carater do agente ou os seus motivos. Kant incide sobre o sujeito ou o individuo que segundo este deve agir de uma determinada forma e qual foi a intenção da ação. 

Conceitos essenciais a saber:
Em Kant:

Legalidade e moralidade

O ideal moral

A vontade boa

Dever e lei moral – imperativo categórico da moralidade





5.
Moralidade, autonomia e dignidade humana

Fundamento e critério da moralidade

Intenção

Máxima

Inclinação sensível

Livre arbítrio

Pessoa

Conceitos essenciais a saber: 
Em Stuart Mill:

Consequêncialismo

Utilitarismo

Felicidade

Principio da Utilidade ou da Maior Felicidade

Fim

Moralidade






6.

Hedonismo

Conceção qualitativa do prazer (prazeres espirituais/prazeres sensoriais)

Imperativo moral

Critério de moralidade

Ação moral ou boa