CITAÇÃO OU INFORMAÇÃO DE UM JORNAL SOBRE CIENCIA (O QUE ESTÁ ESCRITO É UMA CITAÇÃO DESSE JORNAL  E NÃO DA MINHA AUTORIA)



Físico Stephen Hawking recua e nega existir buraco negro
Stephen Hawking, da Universidade de Cambridge, publica artigo online revisando teoria sobre 'horizonte de eventos' e causa barulho


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O físico inglês Stephen Hawking, da Universidade de Cambridge, que se tornou notório como um dos criadores da teoria moderna do buraco negro, está causando barulho na comunidade científica pela publicação de um artigo online, ainda sem revisão de outros cientistas, que declara sem cerimônias: "Não existem buracos negros".

A declaração tenta colocar um ponto final em uma discussão que se arrasta há décadas e que, em última instância, está na base de um dos principais desafios da física: unificar a teoria da relatividade (que explica o mundo macroscópico) com a mecânica quântica (que explica o mundo microscópico).

A idéia de buraco negro - um objeto cosmológico resultante do colapso de uma estrela, cuja massa gigantesca (que pode ser milhões de vezes maior que o sol) é condensada em um único ponto, com tamanha força gravitacional que suga tudo o que está à sua volta, até mesmo a luz - vem do início do século 20.

Sua existência só pôde ser confirmada a partir da Teoria da Relatividade Geral, que Albert Einstein elaborou em 1915. Por décadas se imaginou que esse objeto apenas engolia outros objetos, mas não retornava nada para o espaço, o que contrariaria outras leis. E, 1974, Hawking propôs que no horizonte de eventos, uma espécie de fronteira do buraco negro, partículas escapariam como radiação, o que ficou conhecida com radiação Hawking. Assim, ele evaporaria lentamente até desaparecer.

Essa conclusão acabou encaixando o buraco negro dentro da segunda lei da Termodinâmica, que prevê que a entropia (desordem) de um sistema nunca poderia diminuir. Se o buraco só engolisse sem devolver nada, a entropia do universo estaria comprometida.

Reportagem da revista científica Nature, que comentou o novo estude de Hawking, lembra que a proposta da radiação gerou outras dúvidas, entre elas a que ficou conhecida como paradoxo da muralha de fogo. O físico Joseph Polchinski, do Instituto Kavli, propôs que, de acordo com a Teoria da Relatividade, se um astronauta tivesse o azar de passar perto do buraco negro, atravessaria sem perceber o horizonte de eventos e seria puxado como um espaguete para dentro do buraco. Mas, argumenta o pesquisador e colegas, pela Mecânica Quântica, a radiação Hawking não se dissiparia, mas formaria uma muralha de fogo no entorno do horizo

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Em 2013


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Matéria do 10º ano



Reflexão e meditação sobre os critérios valorativos. Conflito entre 

valores. 





O ser humano vê-se perante um quadro de múltiplas escolhas. Paz ou guerra ? Lucro 
ou honestidade? 



Somos confrontados diariamente com dúvidas e com conflitos interiores em que os 
valores são questionados. 






Existem casos que nos fazem refletir e surgem os conflitos de valores 

como: 



Matar em legitima defesa como matar em situação de guerra é aceitável? Roubar para 
matar a fome deve ser considerado crime? Mentir para poupar um amigo de um 
desgosto estará certo ? 



Tomar medidas de austeridade por parte de um determinado governo como acontece 
em Portugal sobrecarregando e asfixiando financeiramente indivíduos com poucos 
recursos económicos em prol do desenvolvimento do país ou da sua reestruturação 
estará moralmente certo? 



A poluição atmosférica é causada na maioria das vezes pelo setor industrial. Sabemos 
que este é necessário para o desenvolvimento económico de um país e devido a este 
fator muitas vezes se negligencia a forma como certos detritos são evacuados criando 
situações de doenças para o ser humano e para o meio ambiente, acarretando 
situações como poluição das águas, dos rios, dos mares etc.criando um desiquilibrio 
ecológico. Verificamos continuadamente que se dá prioridade ao lucro á riqueza em 
detrimento da saúde do nosso planeta 



Mais uma vez surgem valores em conflito: O lucro e riqueza? Ou o bem estar do ser 
humano? Ou a saúde do nosso planeta ? Estamos perante um problema ecológico, 
moral, e económico. 

Atualmente já se está a contribuir para estes desiquilibrios encontrando-se soluções. A 

responsabilidade ambiental não depende apenas dos empresários mas também de 
cada cidadão. 











Outro caso que quero expôr e que nos mostra como o Homem vê-se perante situações 
de extremo onde as suas escolhas são determinantes e com consequências 
avassaladoras para a humanidade. Históricamente temos casos perturbadores onde a 
conflitualidade dos valores são visíveis e testados a todo o momento. 



No fim da 2ª GG. Mundial (1945) Os Estados Unidos da América bombardearam 
Hiroshima e seguidamente Nagasaki com engenhos nucleares. A decisão de lançar as 
bombas sobre o Japão foi feita pelo Presidente Harry Truman, que estava a substituir o 
falecido Franklin Delano Roosevelt. Esta escolha foi tomada porque o presidente H.T 
queria terminar com a guerra o mais rápido possível e o Japão não se queria render. 



A segunda decisão foi as escolhas dos alvos, Hiroshima e Nagasaki que segundo 
reza a história eram as cidades do Japão mais desenvolvidas industrialmente. Não foi 
uma escolha aleatória. Nesta opção estavam interesses políticos e económicos 
imiscuídos. Com o fim da 2ª GG estas cidades tinham grande relevância para o Japão 
que viria a ser a única potência a fazer frente aos E.U.A desequilibrando o fluxo de 
capitais e mercadorias. 



Conclusão: Esta decisão provocou milhares de mortes e civis (inocentes). Muitas 
destas pessoas foram morrendo lentamente com doenças relacionadas com a 
radioatividade. 




Neste pequeno texto temos duas decisões tomadas: A primeira é acabar com a guerra 

através de um ato desumano. Mas se não fosse assim como seria? Haveria mais 
mortes ? A guerra prolongar-se-ia ? 





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Esta decisão foi cimentada ou elaborada pelo governo dos Estados Unidos porque 
estava preocupado com o sofrimento das pessoas ? e queria pôr fim à guerra ? Ou por 
detrás desta decisão há interesses políticos e económicos ? 



Na segunda decisão pode se verificar que a escolha dos alvos foi premeditada. 





Há uma conflitualidade dos valores. 





A primeira conclusão leva-nos a refletir que: 





Há um Conflitualidade de valores ? 



O poder económico (valor material – dinheiro ) sobrepõe-se aos valores Éticos (valores 
espirituais-lealdade; vida; justiça; verdade etc) ? 





A segunda reflexão leva-nos a questionar: 



Foi a solução certa ? Foi necessário um ato violento, bárbaro, de destruição, matando 
milhares de pessoas porque se não fosse esta decisão tomada prever-se-ia mais mortes do 
que as que houve ? 



Guerra para obter a paz ? 



Como podemos verificar toda a nossa vida é rodeada de valores e que oscilam 
permanentemente conforme as situações ou contextos históricos, políticos etc em que estão 
inseridos. Já vimos que não é uma tarefa fácil. 



Nesta ação podemos ver que o poder económico/financeiro(valor material) tem maior 
relevância que qualquer outro valor. 





A morte de muitos civis é afastada para segundo plano e relativizada, 
Quanto á Segunda decisão tomada a informação que nos chega é que os alvos não 
foram escolhidos ao acaso. 







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CRP de Kant (matéria do 10º ano)
"A autonomia da vontade é o principio único de todas as leis morais e dos deveres que lhe são conformes" 


O dever e a lei moralmente boa é a que emerge de dentro do nosso ser , com uma intenção pura. Fazer algo sem qualquer tipo de interesse ou de retorno (económico, social, prestigio etc.); fazê-lo por dever, com vontade Autônoma (vontade interior e não através de leis ou regras externas - que provêm da sociedade).

Vontade autonoma - quando o Homem coloca a sua ação da sua vontade como universal. Ou seja o seu feito ( a sua intenção ou vontade interior)ou o seu ato moral serve para os outros e para ele mesmo também.

Estamos a falar nas leis morais que brotam de nós e não nas leis legais, daí a diferença de Moralidade e Legalidade. A moralidade é vista pela disposição interior do valor e na intenção que preside a ação.
A legalidade é quando o sujeito age em conformidade com o dever (um comerciante qualquer baixa os preços dos seus produtos por interesse próprio ou devido á concorrência e não porque gosta dos seus clientes-age por conformidade com o dever e não por dever).









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A Morte e a Vida

Quando tu respiras, falas, corres e tudo mais que conseguires fazer, Ela acompanha-te.

Perg: Quem é Ela?

Resp: Ela pertence ao mesmo âmbito das perguntas:
Que faço aqui neste mundo? De onde vim? Para onde vou? Porque vim? Ela está em todas estas perguntas e respostas.

Perg: Quem é Ela? Porque me acompanha?

Resp: Ela é a morte. E sempre te acompanha, é intrínseca a ti e a todos.

Perg: Quem a criou?

Resp: Alguém. O mesmo que nos criou.

Perg: Porque nos acompanha?

Resp : Ela a morte? Ou a vida? Ou as duas?

Resp: . As duas caminham de mãos dadas, nunca se separam.

Perg: Quem criou a vida? E quem criou a morte?

Resp : Não as separes. A vida e a morte é uma só.

Perg: Porque a vida nos deixa? E a morte nos leva?

Resp: Porque nenhuma nos deixa nem nenhuma nos leva. São as duas uma só.

Perg: Como sabes?

Resp: Não sei, tento entender. A vida é tão fugidia e passa num segundo, no nosso entendimento de tempo. A morte como nós a entendemos, acontece, é certa mas já não há tempo em vida para saber nem tempo para contar, quantos segundos, minutos ou horas a morte tem ou se após esta ela dura uma eternidade porque a vida já se foi.
Ou após a morte surge novamente a vida e a morte? Não te esqueças elas são uma só.

Júlia Barbosa
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Kierkegaard (1813-1855 ) Criador do Existencialismo cristão


"o desespero é a doença mortal do espirito"
...o desespero é a doença mortal do espirito que recusa viver sem poder morrer, uma vez que o ser humano não pode destruir a parte de eterno que está nele.

"A fé, cura do desespero"
...Cristo, síntese do humano e do divino, revela ao ser humano sua alienação e o convida a tornar-se o que ele é em verdade...
























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Schopenhauer (1788-1860) - fundador de uma corrente pessimista, pois tem uma visão fatídica da existência Humana. 

"A vida oscila, como um pendulo, da direita para a esquerda, do sofrimento ao abatimento" 

O absurdo da vida - A nossa existência é calamitosa.Pensamos que temos um livre arbítrio mas não passamos de brinquedos da própria vida e as nossas inquietações derivam dos nossos desejos. E aqueles que são saciados, rapidamente são esquecidos e surgem novos desejos, deixando-nos permanentemente insatisfeitos e numa angustia perturbante. Somos levados de desejo em desejo e nunca conhecemos a verdadeira felicidade.

...Schopenhauer defende o ascetismo. Através deste conseguimos afastar todos os desejos para amortecer em si a vontade, educando-nos para uma possível e necessária castidade e pobreza.
O asceta anula o prazer da sua vida e tenta fazer o que não lhe agrada.







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Conhecer um pouco 
Thomas Hobbes



Thomas Hobbes (1588-1679) foi um dos maiores pensadores políticos de Inglaterra.

Interessava-se por geometria, ciência,politica, história antiga, adorava literatura, escrevia e traduzia.

Viveu numa época muito perigosa ou conflituosa (durante a Guerra civil Inglesa), daí que no seu livro “Leviatã” é um reflexo dessa sua vivência. O livro explica como sair de um Estado de natureza e entrar numa sociedade organizada com um Estado Totalitário ou Absolutista.

Adorava fazer exercício físico. Todas as manhãs fazia grandes caminhadas e corria. Era um homem alto, corado alegre e tinha uma barbicha e um bigode. Era uma pessoa extremamente sadia apesar de ter sido em criança pouco saudável.

Tinha uma alimentação cuidada, comia muito peixe e bebia pouco vinho. Jogava golfe e cantava às escondidas (quem canta seu mal espanta). Tinha uma mente muito ativa não fosse ele um grande pensador ou filósofo. Viveu até aos 91 anos, uma raridade para o sec. XVII, quando a esperança média de vida rondava os 35 anos.

Tal como Maquiavel era pessimista em relação aos seres humanos. Para ele a raça humana é egoísta por natureza. Todos querem ter poder sobre os outros.

Só com a força da lei e sob ameaça de castigo se controlariam. Segundo ele se vivêssemos num “estado de natureza” (sem leis e sem estado), todos roubaríamos e mataríamos sempre que fosse necessário especialmente num mundo com recursos limitados onde teríamos que lutar por comida para sobreviver. " Atualmente quando saímos de casa fechamo-la a sete chaves.Porquê ?"

A vida fora da sociedade seria selvagem. A solução passava por confiar o poder a alguns indivíduos fortes ou a um parlamento, para abandonarem as suas liberdades perigosas em prol da segurança.

Acreditava mesmo assim que existia certas leis naturais que o indivíduo admitiria como importantes; como o dever de tratarmos os outros como esperamos ser tratados. Necessidade de paz e vontade em querermos trabalhar todos juntos.

O livro mais conhecido e importante de T.H., chama-se Leviatã (explica detalhadamente como sair duma situação de pesadelo do estado de natureza para uma situação de segurança).

Leviatã começa com uma imagem de um gigante em cima de um monte, segurando uma espada e um cetro. O gigante representa o Estado poderoso.

O Estado que ele descreve é o que hoje chamaríamos hoje de um Estado Autoritário, em que este detém um poder ilimitado sobre os cidadãos.













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"O ser humano é condenado a ser livre"

A única característica intransponível do ser humano concentra-se na liberdade. Nada é dado à existência humana de tal sorte que ela seja determinada; as circunstâncias naturais ou históricas não nos permitem jamais escapar à liberdade, na medida em que sempre temos que escolher o que fazemos delas e, por isso mesmo, escolher quem pretendemos ser, o que explica que somos "condenados" a ser livres.....
...o ser livre é votado a uma existência dificil: a angústia.


Comentário

Vivemos em permanente angústia quando temos que escolher um caminho ou uma direção.Temos o livre arbítrio para o fazer ( de acordo com Sartre). E a consequência dessa mesma escolha pode trazer alegria ou tristeza daí a nossa angústia. Medo do desconhecido ou de sofrer.Estamos condenados a ser livres...só nós é que podemos traçar o nosso destino...

Mas não escolhemos nem pedimos para nascer, nem escolhemos a nossa família ou o país ou a raça. E se pertencemos a uma minoria (raça, deficiência fisica ou mental, religião e outros) fugindo ás regras exigidas pela sociedade somos perseguidos e marginalizados. Aqui não houve liberdade nem poder de escolha.





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A fé e a razão

Querido Senhor, 
Meu Deus, ou o que quiserem chamar, desde que não seja ofendedor 
porque estás dentro de mim, 
porque és amor, 
és a minha paz,
a minha tranquilidade,
o meu bem estar,
a minha alegria ,
o meu rumo,
a minha orientação,
o meu amigo,
a quietude,
a calmaria,
o sossego,
a minha mansidão,
a minha saúde,
a minha felicidade,
o sentido da minha vida,



porque a fé não se explica,
a fé não é algo experienciado ,
não é empírica,
a fé sente-se e não se vê,


E a razão vence a fé, aqui neste mundo
Mas no meu mundo aquela não faz mais sentido,
Porque do âmbito da razão procurei ferozmente respostas,


Vasculhei ,
pesquisei ,
revolucionei tudo que tinha ao meu alcance
para emudecer este vazio,

esta angustia,
este desencanto,
este aperto,
esta tristeza,
esta desmotivação,
este aborrecimento,
este descontentamento,
esta desilusão,


E a razão com as suas razões,
com os seus raciocínios e explicações ,
com os seus argumentos e deduções,
cansou-me,
esgotou-me,
fez-me tumultos,
desordem,
revolta,
e por fim esgotada, esvaziada,
a fé me salvou


Agora ela acompanha-me para todo lado,
É a minha luz,
É a minha vida,
É quentura,
É aconchego,
É o meu lar,
É a força da minha fé,


Mas convoquei a razão para caminhar ao seu lado,
Para a orientar no seu percurso
E não a deixar cair em fanatismos,
Em julgamentos,
Injustiças,
intolerâncias,
discriminações,
Criticas,

E se a razão orienta a fé,
Esta é sempre procurada pela razão
E assim ambas se amparam,

E quando a razão chora a fé consola-a
E quando a fé tende a ser facciosa
A razão controla-a.

E assim é o meu ser,
Busca a harmonia dentro da fé e da razão,

Mas a fé é o valor mais alto, mais sublime de todos os valores,
É Deus,
É tudo,
É amor

Júlia Barbosa


Video de Sto. Agostinho (354-430), filósofo e Padre da Igreja. Testemunha do fim do Império Romano e do que seria a Idade Média cristã.

A sua alma anseia por encontrar a verdade, a paz interior. O ser humano procura algo que o aquiete, que o tranquilize, tem memória desses sentimentos e busca-os e isso é Deus, porque o Homem é luz mas também é trevas.







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Curiosidades: Heráclito (578-480 a.C.)

"Dá-se o nome ás coisas como se elas tivessem uma duração fixa, mas não se pode entrar duas vezes no mesmo rio"

...o mundo é um eterno devir
...o mundo está em devir, mas um devir cíclico (das estações e gerações)

...tudo se transforma em tudo
...os seres humanos procuram impor um sentido com começo e um fim
mas este progresso os leva a recusar um aspeto da realidade, a morte e a guerra, a não conceber a felicidade senão no acumulo de bens.

Heráclito (576-480 a.C.) oriundo de uma família distinta mas negou-se a receber títulos ou qualquer tipo de herança e preferiu viver como eremita. distante dos indivíduos porque os considerava crianças presunçosas. A sua filosofia foi conhecida como tenebrosa e simultaneamente luminosa.






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Excertos da minha página “Kant e o conhecimento” para os alunos do 11º ano que vão fazer o exame final de filosofia.

Aconselho a ouvir este vídeo do filósofo Paulo Ghiraldelli.

( 1º parte a importância do sujeito e da submissão do objeto aquele,11º ano).

Parte final " O ideal moral: tornar a vontade boa; moralidade; autonomia; e dignidade humana, 10º ano).



O criticismo Kantiano aparece-nos depois de uma reflexão debruçada sobre estas duas teorias (empirismo e racionalismo ) do conhecimento. Ele não adota uma atitude céptica e radical negando tudo, mas assume uma postura critica e de precaução. Kant começando por ser dogmatico racionalista (influência de filósofos Leibniz e Wolf) acaba posteriormente por receber influências do empirista David Hume que o despertou do “sono dogmático” .

Chegando assim ao criticismo, determinando os limites de uma metafísica que vença o cepticismo sem cair no arrojado dogmatismo.

Pretende ele resolver a questão de como o entendimento e a razão, livres de toda a experiência, podem conhecer e até que ponto podem conhecer.

Afinal só temos conhecimento dos fenómenos enquanto o númeno não nos é compreensível ou acessível, permanecendo desconhecido.
Kant não nega a existência das coisas. Conhecemos o fenómeno mas não o númeno. O primeiro não é a realidade em si, mas uma manifestação, aquilo que aparece ao sujeito cognoscente. O fenómeno aponta-nos para a realidade, embora esta exista não sabemos o que ela é em si mesma porque só temos acesso ao nosso modo de conhecer.

O Conhecimento na perspetiva de Kant: - é impossível conhecer a realidade em si mas a representação da realidade (idealismo); sendo o conhecimento uma organização dos dados sensoriais executado pelas categorias do entendimento do sujeito (apriorismo); é impossível conhecer a realidade metafísica (relativismo)






A revolução coperniciana de Kant

Até aqui todos os nossos conhecimentos regularam-se pelos objetos, Kant em vez de centrar neste passa a dar toda a atenção sobre o sujeito cognoscente. Passa a ser o sujeito o protagonista como também o elemento ativo do conhecimento. Os objetos giram á volta do sujeito dependendo deste e têm que se adaptar ás suas estruturas mentais. O objeto a conhecer gira á volta do sujeito que conhece como a terra gira á volta do Sol.

Esta revolução coperniciana é pois como quando Copérnico inverteu as posições da terra e do sol para explicar o Sistema Celeste, o conhecimento não deve partir da realidade mas esta é que deve ser examinada a partir do sujeito ou do seu ponto de vista.

O espírito age e intervém ativamente, sendo o real o produto ou resultado duma construção feita pelos nossos elementos a priori – hipótese idealista e a priori.

O nosso conhecimento passa a ser feito através de princípios formais do sujeito, as coisas têm que se ajustar ao nosso próprio modo de conhecer.

O objeto passa a ser submisso aos conceitos “a priori” do sujeito.

Kant acaba por superar o racionalismo e o empirismo.


Conhecer em Kant pressupõe uma matéria “a posteriori”, proveniente da experiência e uma forma “ priori “ imposta ao objeto pelo sujeito.
Este critério permite distinguir um conhecimento puro “A priori” (universalidade e necessidade) de um conhecimento empírico. Os conhecimentos da experiencia são contingentes e particulares.


Recapitulando:

O CRITICISMO (FILOSOFIA DE KANT) OPÕE-SE QUER AO DOGMATISMO QUER AO CETICISMO EMPIRISTA. SALIENTA A IMPORTÂNCIA DA CORRELAÇÃO NECESSÁRIA DO SUJEITO E DO OBJETO DO CONHECIMENTO E A SUBORDINAÇÃO DESTE ÀQUELE. Chama-se a isto revolução Coperniciana.

Realmente há uma subordinação por parte do objeto ao sujeito mas também existe uma correlação necessária dos dois.

Segundo Kant o conhecimento tem origem na sensibilidade e no entendimento:

As duas fontes de conhecimento em Kant são :
Sensibilidade: é a capacidade do sujeito receber representações dos objetos.
O entendimento pensa “ os dados” que a sensibilidade forneceu.



A diferença existente entre Kant e o Empirismo é que este último defende que todos os conceitos derivam da experiência. Kant não aceita esta afirmação pois existem conceitos que o entendimento possui que não provêm da experiência mas que só têm aplicação e validade dentro desta.

Na Critica da Razão Pura, Kant mostra-nos através da Estética Transcendental como o homem através da sensibilidade pode conhecer o objeto ou seja a sensibilidade é o poder que o nosso espírito tem de receber impressões pois esta ( a sensibilidade) determina a maneira como o objeto afeta o sujeito e defina a forma como nos relacionamos com o mundo.
Para isto acontecer somos dependentes de duas condições imprescindíveis e necessárias:
O espaço e o tempo - sem estas duas condições é-nos impossível ver uma coisa sem estar num determinado espaço e num respetivo tempo. Espaço e tempo são condições necessárias e gerais designadas por “formas a priori” da sensibilidade e intuições puras.

FORMAS: o espaço e tempo são formas ou o modo como apreendemos as impressões particulares como, os sons, as cores, os cheiros; a maneira como estas são entendidas no espaço e tempo.
A PRIORI: aquilo que não procede da experiência.
Espaço e tempo são intuições puras. Não são conceitos do entendimento.Só existe um tempo e um espaço.
Puras: vazio de conteúdo empírico. No espaço e no tempo é que se acomodam e ordenam as impressões sensíveis como: cores, sons etc.

Na analítica Transcendental
Espontaneidade do entendimento:


A sensibilidade só por si não é suficiente para podermos conhecer. Esta coloca-nos perante várias impressões no espaço e tempo e se perceber é a função da sensibilidade precisamos de algo mais para atingir o conhecimento. Compreender o percebido é a função do entendimento
Exemplo: Estamos a observar algo, uma boneca.
Os nossos sentidos percepciona impressões de formas, cores e outros num determinado tempo e espaço. O conceito – Boneca é o que estamos a ver. O conceito Boneca é a chave que nos permite compreender e interpretar essas apreensões.
“Isto é uma Boneca”.,” O gato é mamífero” etc.
O entendimento é a faculdade dos conceitos e dos juízos ou a faculdade de julgar.
Existem dois tipos de conceitos – os empíricos e os puros ou categorias
Os conceitos empíricos procedem da experiência como: galo, macaco, cão, casa etc. São todos aqueles que
procedem da experiência ou a partir da observação por parte de vários indivíduos.

Conceitos a priori – são aqueles que não derivam da experiência. Recapitulando: O entendimento produz conceitos espontâneos sem derivarem da experiência.
Conceitos puros: substância, causa, necessidade, causa, existência, - são aplicados ás impressões sensíveis.
Mas se a função do entendimento é formular juízos, unificar e coordenar dados da experiência sensíveis há tantas formas de unificar os dados da experiência, tantos conceitos puros como formas de juízos

A filosofia Kantiana foi influenciada pelo Iluminismo. O contexto histórico e social vivido nesta época é registada por este filósofo como uma situação humana de “menoridade”, falta da verdadeira liberdade. A tarefa critica da razão tem como objetivo a realização da liberdade a superação das opressões cívicas e da consciência. Opressões religiosas, sociais, históricas e politicas. A solução para esta situação está na critica da razão, onde o sujeito deve superar-se ,esclarecer-se, procurar em si mesmo os seus interesses. A máxima utilizada será raciocinar, refletir, ousar por si próprio, atingir os seus fins e conveniências. Autonomia, liberdade superação, coragem de te servir do teu próprio entendimento, submeter-se á autoridade da própria razão desde que esta seja uma razão esclarecida, a decisão de se servir dela com independência etc são fins a atingir através da filosofia de Kant. Como grande pensador que é faz também uma análise á própria natureza da razão. Esta deverá ser levada perante o tribunal de si própria de forma a tomar consciência dos seus limites, das suas capacidades efetivas e a poder tornar-se o apoio ou o sustentáculo do saber acerca da natureza, da ação moral e politica.
É sobre a autoridade da razão que todas as normas se devem assentar e ponderar, sejam elas de ordem individual ou social.

Kant pretende estabelecer os princípios e limites a partir dos quais é possível um conhecimento cientifico da Natureza ou seja responder à questão: que posso conhecer?

A segunda pergunta será para justificar as condições da liberdade e os princípios da ação ou seja responder à questão: que devo fazer ?

A terceira pergunta visa responder : que me é permitido esperar? Delinear projetivamente o destino ultimo do ser humano, testar as suas capacidades tendo como fim a sua realização.

Conclusão o projeto Kantiano é basicamente antropológico pois tenta libertar o homem da sua menoridade e obscurantismo através de uma clarificação racional tornando-o mais livre e justo encaminhando-o para a realização dos fins últimos do Homem. Kant vai responder a uma pergunta, esta que abarca as três anteriores: O que é o Homem?









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Curiosidades













La Boétie (1530-1563) Filósofo

La Boétie

...os seres humanos criados sob a tirania acostumam-se com a servidão. O tirano embrutece e corrompe os seus súbditos pelo principio do pão e dos jogos que consiste em " suavizar a servidão com uma venenosa doçura" Ele utiliza a religião para inculcar-lhes a devoção através das fábulas"...
Quanto aos raros individuos esclarecidos que conservaram o desejo da liberdade, o tirano os elimina ou isola pela censura.
Problemática:
Como é possível um só homem subjugar milhões?









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