Curiosidades - O Universo


O aparecimento da filosofia  surgiu com filósofos ainda a.C que eram considerados pensadores e ávidos pelo conhecimento acerca de tudo que nos rodeia. Podemos começar pelos  Pré-socráticos que tentaram através de modelos explicativos entender a natureza, o mundo e o universo.

Tales, Anaximandro, Anaxímedes (585 a.C.);(547a.C); (525a.C.) - Filósofos de Mileto.
Pitagorismo Antigo e Pluralistas. Pitágoras, Heraclito etc. (530 a,C.); (530a.C.) etc.

Os Pitágoras eram na maioria matemáticos e defendiam que os seres reais podem ser constituídos matematicamente como todo o Universo. Pitágoras sustentava a teoria dos  números e que estes constituem a natureza do Universo.

Para Heraclito nada no Universo é imutável ou fixo  mas sim um continuo devir, tudo se transforma mas apesar destas transmutações o continuo devir não é irracional ou caótico, porque se realizam de acordo com certas leis e proporções.  

Não deixa de ser interessante esta teoria de Heraclito porque através desta conceção do Universo, quase que podemos perguntar se este é determinado ou indeterminado ou então se aparentemente dentro duma certa desorganização ele acaba por ser determinado e agir conforme certas leis. 

Afinal ainda hoje os cientistas e filósofos  continuam a se debruçar sobre estes temas, embora desde os antigos até atualidade há muitas conjeturas  acerca do Universo que  desabrocharam e amadureceram mas mesmo assim ainda há muito por descobrir.


Também não deixa de ser interessante que nesta época longínqua foram surgindo  hipóteses e conceitos que continuam  tão atuais, embora prescritos duma forma mais rudimentar.
Heraclito:
" O Universo é fogo " , este Cosmo não foi feito por nenhum Deus nem nenhum homem, mas sempre foi, é e será fogo eterno que se acendeia segundo a medida e como também se extingue segundo a mesma medida.

Deus é dia-noite; Inverno-Verão; guerra-paz; fome-fartura e assim sucessivamente, segundo este filósofo havia uma harmonia oculta na qual chamou DIALÉTICA. Uma luta de contrários. Ao buscar uma ordem no Universo encontra contradição e dinamismo. 

Estas hipóteses não nos deixam indiferentes porque afinal foram pontos de partida para que a ciência tenha atingido muitas "verdades" ou tentativas mas que ainda não há por parte de filósofos, cientistas certezas absolutas mas muita especulações. 

Existe sim  teorias por parte da  ciência que ajudam a  retirar o véu da cabeça da noiva onde poderemos já ver o seu belo rosto e o resto?  

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Thomas S.Kuhn 11º ano e determinadas observações com a ciência atual. 

O que é o mito do cientismo?

Como acontece em várias doutrinas em que as pessoas tentam seguir as ideologias destas obstinadamente, confiando em tudo que ouvem mesmo quando não entendem determinados assuntos o mesmo veio acontecer com a ciência em que os indivíduos ou o publico acreditavam que todas as teorias cientificas eram verdadeiras, imparciais e objetivas. 


Isso deu origem ao mito do cientismo.

Sem querer divagar ou fugir do assunto a religião baseia-se na fé e muitas teorias fogem ao que é racional ou quem sabe se tudo não começa por mitos para explicar determinados factos que acontecem no mundo? 



Atualmente já existem físicos (com o auxilio da física quântica) que tentam fazer uma ligação entre religião, filosofia e ciência o que acabou por chocar outros cientistas que não estão de acordo com esta junção. 

O FÍSICO QUÂNTICO AMIT GOSWAMI surge com uma nova e explosiva teoria sobre a existência de Deus, explicando-a e argumentado-a através da física quântica, (dito de uma forma simplista). 

Ele não define Deus como ( um Deus- Homem que criou o mundo) desta forma populista ou muito linear como é definido em certas religiões mas através da ciência e com o auxilio da fisica quantica. Tenta desenvolver o que significa afinal esta palavra "Deus". A ciência entra num novo paradigma ?




Há aqui uma incomensurabilidade o que significa que estamos perante grandes conflitos ou disparidades de ideias entre o antigo e o novo paradigma. Este surge com novos conceitos acerca de Deus, alma, reencarnação vistos de uma forma completamente diferente da religião mas que não deixa de afirmar acontecimentos que a ciência sempre recusou em admiti-los embora "embrulhados" numa outra embalagem.
Podemos dizer que estamos perante uma REVOLUÇÃO CIENTIFICA? 



Finalmente posso mencionar Thomas S. Kuhn e a sua teoria sobre a objetividade da ciência. 

Em 1962 publicou “A Estrutura das Revoluções Cientificas” em que defende que o cientista não é um investigador neutro ou imparcial. 

É um individuo que está contextualizado e condicionado, ou seja antes do cientista está um homem ou uma pessoa que tem as suas crenças e está ligado á sua época ao seu meio e portanto não está completamente isolado. 
O que acontece é que quando uma determinada teoria é aceite pela maioria dos cientistas é porque está correlativa a vários factos, conhecimentos, regras e técnicas atuais (paradigma cientifico). 

Thomas S.Kuhn tenta mostrar como a ciência trabalha dentro de um determinado paradigma. 

Todos os cientistas tentam encontrar soluções para resolverem um problema em questão neste âmbito paradigmático ou dito por outras palavras dentro deste padrão em que todos estão de acordo.

Enquanto decorre as investigações dentro deste paradigma T.S.Kuhn chama CIENCIA NORMAL em que os cientistas fazem tudo para a conservar e defender. 

Mas quando começam a surgir demasiadas anomalias no paradigma elegido pelos cientistas, começam a desejar outro paradigma ou modelo. 

Nesta situação ocorre que a ciência muda de rumo tornando-se EXTRAORDINÁRIA, saindo do perigo e sugerindo um nova perspetiva ou um novo paradigma, dando origem a uma REVOLUÇÃO CIENTIFICA. 
Não podendo esquecer que este novo modelo acaba por ser mais amplo: explica o antes (conceitos adquiridos no anterior paradigma e explicações dos mesmos ou mudanças destes substituindo por outros) e explica o que antes não se compreendia. 

Começa por existir um abismo entre os dois paradigmas pois surgem novos conceitos e ideias imergindo novos métodos, novos problemas e novas resoluções ou conclusões.
Entre o novo e o antigo paradigma constrói-se uma incomensurabilidade devido aos conflitos entre os dois modelos relativamente aos problemas que se pretende resolver.

A mutação de paradigma para outro NÃO É CUMULATIVA (LIGADA) mas sim QUALITATIVAMENTE DIFERENTE de olhar o real. 

A verdade e a objetividade são referentes ao paradigma em que se inscrevem ou seja o que é verdadeiro num modelo pode não ser noutro.
Um novo modelo ao ser admitido por um determinado grupo de cientistas não é baseado na experimentação mas também está associado á argumentação e para ser seguro deve valer-se de metáforas, analogias e exemplos. 

Existem três ideias ou concecões de espaço que se baseiam em três geometrias diferentes. Podem ser as três verdadeiras porque funcionam em paradigmas ou modelos distintos. 
A de Euclides, Rieman e de L.Bolyai.

Segundo Kuhn, a subjetividade depende do contexto da descoberta de novas teorias, no âmbito da sua justificação e defende que o SUJEITO e OBJETO DE CONHECIMENTO NÃO SÃO PUROS mas sempre contextualizados.


A ciência adquire outro estatuto relativamente á sua objetividade .


Será o cientista objectivo relativamente ao seu trabalho na descoberta e de justificação de teorias?

K.Popper defende que a subjetividade cientifica deriva da descoberta de erros e de novas teorias e que é desta forma que a ciência progride ou avança. 

Também Kuhn admite que a subjetividade está presente na ciência através da descoberta e da justificação de novas teorias. Os dois sustentam que o sujeito é condicionado e o objeto é um facto construído e interpretado.

Relativamente ás construções das teorias serão elas objetivas e descritivas da realidade?

Para K.Popper as teorias são falíveis e verosímeis enquanto para Kuhn estas dependem do paradigma vigente.

K.Popper defende que as teorias devem ser refutadas enquanto Kuhn sustenta que a verdade destas dependem da argumentação.



Kuhn e o estatuto da ciência: a legitimidade das teorias e estão dependentes ao paradigma no qual se incluem.

Os cientistas devem estar conscientes e consciencializar os colegas do seu agrupamento da verosimilhança das suas teorias apelando á argumentação. 
Devemos dar mais relevância á intersubjetividade do que á objetividade





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Pensar azul  10º ano

O que é a vida? Não será uma imensidade de dúvidas, um vastíssimo "universo" ainda por desbravar? Com uma complexidade  que muitas vezes ultrapassa o nosso entendimento?

Então a filosofia questiona: O que é a realidade? Qual o sentido da existência? O que é o ser humano? Como devemos viver? O que é o conhecimento? 

Não faz sentido passarmos pela  vida se não lhe perguntarmos: Quem tu és? Porque estou aqui? Que queres de mim? Qual o objetivo de trilhar o teu caminho? etc, etc.


A filosofia significa amor á sabedoria tentando abrir caminhos com um único objetivo conhecer, conhecer e conhecer. É uma aventura constante cheia de façanhas e em cada estrada encontra-se muitos atalhos e trilhos e nunca se desiste de os percorrer para os conhecer e os " vencer".  

Como atividade intelectual faz com que tenhamos uma postura reflexiva ou meditativa e problematizadora e a dúvida é uma constante ou não teríamos uma atitude  sempre critica e anti-dogmática. Daí que a filosofia tem necessidade de pensar e raciocinar sobre tudo que nos rodeia. Procura saciar-se com respostas porque o cerne da sua atividade  é questionar o mundo e a nossa existência.

Embora seja um conhecimento diferente da ciência devido ás suas características de autonomia, radicalidade, universalidade e historicidade. No entanto  a ciência tenta dar respostas a determinados temas em que a filosofia também se debruçou  sobre os mesmos.  

Procura responder a problemas epistemológicos, antropológicos, ontológicos, axiológicos e metafisico.
















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A Alegoria da Caverna de Platão embora pareça uma história imaginada é muito mais do que isso. 

É um texto que nos leva a pensar ou refletir sobre a nossa vida ou sobre o nosso quotidiano. Leva-nos a questionar em que limiar estamos ou em que patamar da nossa existência nos encontramos. 

Será que ainda vivemos na ignorância aprisionados nas nossas crenças e escravizados pelas nossas certezas ou pelos nossos preconceitos ? 

Ainda coexistimos nas trevas e pensamos que este é o paradigma real e verdadeiro? E se nos encontramos longe da verdade e da realidade? 

Como podemos então aceder ao verdadeiro conhecimento se não temos consciência do nosso próprio desconhecimento e da nossa vivência ou experiência falaciosa?

Alegoria da Caverna de Platão (síntese)

Platão através desta narrativa da Alegoria da Caverna tenta mostrar que os seres humanos ainda estão muito limitados quanto á nossa própria espécie e ao verdadeiro conhecimento ou sabedoria.

Então o nosso filósofo descreve-nos uma história que nos faz refletir.

Numa casa subtérrea ( a caverna) habitam homens desde a infância , prisioneiros e algemados de tal forma que só podem olhar em frente e a iluminação deles é um fogo que arde ao longe e que se situa atrás deles. 

Entre a fogueira ou o fogo existe um senda (estrada) que se ergue até ao mundo real. Os reclusos não sabem que há outros seres humanos verdadeiros fora da caverna que eles nunca viram. 

Os presidiários somente conhecem as imagens ou objetos do exterior (do que se passa fora da caverna) como vultos ou sombras que estão delineados ou projetados pelo feixe de luz e que se refletem na parede devido ao fogo. Para eles as sombras é a unica realidade que conhecem.

(As sombras dos objetos significam o mundo sensível , o mundo mutável da condição humana em que vivemos, a ignorância, a confusão entre aparência e a realidade).

Daí os prisioneiros não conseguirem visualizar a verdade pois encontram-se num estádio primitivo, nas trevas com dificuldade a ascender ao mundo exterior. 

E porquê esta limitação? Porque estão acomodados ou aprisionados a crenças (vultos-não a realidade) mas se progressivamente forem suprimindo as velhas superstições mais perto estarão da luz ou do conhecimento da autêntica realidade e assim admirarão a luz do sol (analogia entre o mundo exterior – o sol e as trevas – a caverna).













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Curiosidades: 

Sto Agostinho e o tempo (converteu-se ao cristianismo no ano 386) 

Um Pensador muito á frente do seu "tempo". Pensamentos e reflexões filosóficas que vêm ao encontro dos da atualidade. 


Desde muito cedo que para os filósofos a ideia de tempo criada pelo ser humano e designada como presente, passado e futuro foi sempre de grande importância ou relevância daí que no ano 354 nasceu em Tagaste(Numidia), Sto Agostinho, um grande pensador que se converteu ao cristianismo e nas suas meditações filosóficas também se debruçou sobre este tema “ o tempo “.

Ele questiona-se “ o que é o tempo”? E quem poderá explicá-lo bem e rapidamente ou apreendê-lo com o pensamento e de seguida traduzi-lo por palavras o seu conceito ou defini-lo. É um assunto que faz parte de muitos diálogos entre as pessoas e todos parecem compreendê-lo.

Então Sto Agostinho pergunta afinal o que é o tempo? E ele responde:

Que é, pois o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei. Se quero explicá-lo a quem me pede, não sei.

Tem citações que vão ao encontro de várias especulações cientificas muito atuais e passo a citar as seguintes:

"O mundo não foi feito no tempo, mas sim com o tempo".


" O tempo é um vestígio de eternidade".

O que é o tempo? Quando quero explicá-lo não acho explicação. Se o passado é o que eu, do presente, lembro, e o futuro é o que eu, do presente, antecipo, não seria mais certo dizer que o tempo é só o presente? Mas quanto dura o presente?



presente?
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A filosofia e a ciência

Dois vídeos interessantes que nos aguçam a curiosidade sobre: tempo, espaço, velocidade e luz.

a) Galileu, Kepler, Isaac Newton e Einstein: O movimento dos corpos, espaço e tempo.

b) Viagem no tempo - Podemos ser Viajantes ?

Comecemos pelo primeiro vídeo ou melhor para percebermos o segundo vídeo será melhor compreender o primeiro.

As perguntas surgem de imediato:

O tempo existe? O que é o tempo? Foi criado pelo homem para nos facilitar nas nossas vidas quotidianas?

Para estas perguntas houve várias teorias defendidas por grandes cientistas desde
Galileu, Kepler, Isaac Newton e Einstein.

A teoria de Einstein “ Teoria da Relatividade “, são duas teorias científicas: a Relatividade Restrita (ou especial) e a Relatividade Geral.
Foi em 1905 que criou a Teoria da Relatividade Especial.

Dito duma forma simples Einstein revolucionou , os conceitos anteriores apreendidos pelo cientista e filósofo, inglês Isaac Newton que defendia que o tempo era absoluto.

Einstein mostrou que o espaço pode ser deformado e que o tempo é relativo para cada observador e dilatado.





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