Thomas S.Kuhn 11º ano e determinadas observações com a ciência atual. 

O que é o mito do cientismo?

Como acontece em várias doutrinas em que as pessoas tentam seguir as ideologias destas obstinadamente, confiando em tudo que ouvem mesmo quando não entendem determinados assuntos o mesmo veio acontecer com a ciência em que os indivíduos ou o publico acreditavam que todas as teorias cientificas eram verdadeiras, imparciais e objetivas. 


Isso deu origem ao mito do cientismo.

Sem querer divagar ou fugir do assunto a religião baseia-se na fé e muitas teorias fogem ao que é racional ou quem sabe se tudo não começa por mitos para explicar determinados factos que acontecem no mundo? 



Atualmente já existem físicos (com o auxilio da física quântica) que tentam fazer uma ligação entre religião, filosofia e ciência o que acabou por chocar outros cientistas que não estão de acordo com esta junção. 

O FÍSICO QUÂNTICO AMIT GOSWAMI surge com uma nova e explosiva teoria sobre a existência de Deus, explicando-a e argumentado-a através da física quântica, (dito de uma forma simplista). 

Ele não define Deus como ( um Deus- Homem que criou o mundo) desta forma populista ou muito linear como é definido em certas religiões mas através da ciência e com o auxilio da fisica quantica. Tenta desenvolver o que significa afinal esta palavra "Deus". A ciência entra num novo paradigma ?




Há aqui uma incomensurabilidade o que significa que estamos perante grandes conflitos ou disparidades de ideias entre o antigo e o novo paradigma. Este surge com novos conceitos acerca de Deus, alma, reencarnação vistos de uma forma completamente diferente da religião mas que não deixa de afirmar acontecimentos que a ciência sempre recusou em admiti-los embora "embrulhados" numa outra embalagem.
Podemos dizer que estamos perante uma REVOLUÇÃO CIENTIFICA? 



Finalmente posso mencionar Thomas S. Kuhn e a sua teoria sobre a objetividade da ciência. 

Em 1962 publicou “A Estrutura das Revoluções Cientificas” em que defende que o cientista não é um investigador neutro ou imparcial. 

É um individuo que está contextualizado e condicionado, ou seja antes do cientista está um homem ou uma pessoa que tem as suas crenças e está ligado á sua época ao seu meio e portanto não está completamente isolado. 
O que acontece é que quando uma determinada teoria é aceite pela maioria dos cientistas é porque está correlativa a vários factos, conhecimentos, regras e técnicas atuais (paradigma cientifico). 

Thomas S.Kuhn tenta mostrar como a ciência trabalha dentro de um determinado paradigma. 

Todos os cientistas tentam encontrar soluções para resolverem um problema em questão neste âmbito paradigmático ou dito por outras palavras dentro deste padrão em que todos estão de acordo.

Enquanto decorre as investigações dentro deste paradigma T.S.Kuhn chama CIENCIA NORMAL em que os cientistas fazem tudo para a conservar e defender. 

Mas quando começam a surgir demasiadas anomalias no paradigma elegido pelos cientistas, começam a desejar outro paradigma ou modelo. 

Nesta situação ocorre que a ciência muda de rumo tornando-se EXTRAORDINÁRIA, saindo do perigo e sugerindo um nova perspetiva ou um novo paradigma, dando origem a uma REVOLUÇÃO CIENTIFICA. 
Não podendo esquecer que este novo modelo acaba por ser mais amplo: explica o antes (conceitos adquiridos no anterior paradigma e explicações dos mesmos ou mudanças destes substituindo por outros) e explica o que antes não se compreendia. 

Começa por existir um abismo entre os dois paradigmas pois surgem novos conceitos e ideias imergindo novos métodos, novos problemas e novas resoluções ou conclusões.
Entre o novo e o antigo paradigma constrói-se uma incomensurabilidade devido aos conflitos entre os dois modelos relativamente aos problemas que se pretende resolver.

A mutação de paradigma para outro NÃO É CUMULATIVA (LIGADA) mas sim QUALITATIVAMENTE DIFERENTE de olhar o real. 

A verdade e a objetividade são referentes ao paradigma em que se inscrevem ou seja o que é verdadeiro num modelo pode não ser noutro.
Um novo modelo ao ser admitido por um determinado grupo de cientistas não é baseado na experimentação mas também está associado á argumentação e para ser seguro deve valer-se de metáforas, analogias e exemplos. 

Existem três ideias ou concecões de espaço que se baseiam em três geometrias diferentes. Podem ser as três verdadeiras porque funcionam em paradigmas ou modelos distintos. 
A de Euclides, Rieman e de L.Bolyai.

Segundo Kuhn, a subjetividade depende do contexto da descoberta de novas teorias, no âmbito da sua justificação e defende que o SUJEITO e OBJETO DE CONHECIMENTO NÃO SÃO PUROS mas sempre contextualizados.


A ciência adquire outro estatuto relativamente á sua objetividade .


Será o cientista objectivo relativamente ao seu trabalho na descoberta e de justificação de teorias?

K.Popper defende que a subjetividade cientifica deriva da descoberta de erros e de novas teorias e que é desta forma que a ciência progride ou avança. 

Também Kuhn admite que a subjetividade está presente na ciência através da descoberta e da justificação de novas teorias. Os dois sustentam que o sujeito é condicionado e o objeto é um facto construído e interpretado.

Relativamente ás construções das teorias serão elas objetivas e descritivas da realidade?

Para K.Popper as teorias são falíveis e verosímeis enquanto para Kuhn estas dependem do paradigma vigente.

K.Popper defende que as teorias devem ser refutadas enquanto Kuhn sustenta que a verdade destas dependem da argumentação.



Kuhn e o estatuto da ciência: a legitimidade das teorias e estão dependentes ao paradigma no qual se incluem.

Os cientistas devem estar conscientes e consciencializar os colegas do seu agrupamento da verosimilhança das suas teorias apelando á argumentação. 
Devemos dar mais relevância á intersubjetividade do que á objetividade