A Alegoria da Caverna de Platão embora pareça uma história imaginada é muito mais do que isso. 

É um texto que nos leva a pensar ou refletir sobre a nossa vida ou sobre o nosso quotidiano. Leva-nos a questionar em que limiar estamos ou em que patamar da nossa existência nos encontramos. 

Será que ainda vivemos na ignorância aprisionados nas nossas crenças e escravizados pelas nossas certezas ou pelos nossos preconceitos ? 

Ainda coexistimos nas trevas e pensamos que este é o paradigma real e verdadeiro? E se nos encontramos longe da verdade e da realidade? 

Como podemos então aceder ao verdadeiro conhecimento se não temos consciência do nosso próprio desconhecimento e da nossa vivência ou experiência falaciosa?

Alegoria da Caverna de Platão (síntese)

Platão através desta narrativa da Alegoria da Caverna tenta mostrar que os seres humanos ainda estão muito limitados quanto á nossa própria espécie e ao verdadeiro conhecimento ou sabedoria.

Então o nosso filósofo descreve-nos uma história que nos faz refletir.

Numa casa subtérrea ( a caverna) habitam homens desde a infância , prisioneiros e algemados de tal forma que só podem olhar em frente e a iluminação deles é um fogo que arde ao longe e que se situa atrás deles. 

Entre a fogueira ou o fogo existe um senda (estrada) que se ergue até ao mundo real. Os reclusos não sabem que há outros seres humanos verdadeiros fora da caverna que eles nunca viram. 

Os presidiários somente conhecem as imagens ou objetos do exterior (do que se passa fora da caverna) como vultos ou sombras que estão delineados ou projetados pelo feixe de luz e que se refletem na parede devido ao fogo. Para eles as sombras é a unica realidade que conhecem.

(As sombras dos objetos significam o mundo sensível , o mundo mutável da condição humana em que vivemos, a ignorância, a confusão entre aparência e a realidade).

Daí os prisioneiros não conseguirem visualizar a verdade pois encontram-se num estádio primitivo, nas trevas com dificuldade a ascender ao mundo exterior. 

E porquê esta limitação? Porque estão acomodados ou aprisionados a crenças (vultos-não a realidade) mas se progressivamente forem suprimindo as velhas superstições mais perto estarão da luz ou do conhecimento da autêntica realidade e assim admirarão a luz do sol (analogia entre o mundo exterior – o sol e as trevas – a caverna).